A operadora mineira Algar é mais uma interessada na aquisição de parte da Oi, que entrou em recuperação judicial em 2016 e, quatro anos depois, quer vender setores inteiros para manter o equilíbrio nas contas.
Segundo o jornal O Globo, a empresa terá para isso o auxílio do fundo soberano de Cingapura, o GIC, que já detém 25% do capital social da Algar. O setor de telefonia móvel da Oi foi avaliado em cerca de R$ 15 bilhões e conta com cerca de 33,9 milhões de clientes espalhados pelo Brasil.
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O objetivo da Algar seria fazer a aquisição para ganhar projeção nacional — atualmente, ela já tem presença em 16 estados só na área corporativa, mas deseja ampliar também o mercado entre consumidores. A entrada do fundo de investimentos tem ajudado no processo de compra de operadoras e empresas de telefonia regionais ou de menor porte para ajudar a criar essa estrutura. Ela também estaria interessada em ampliar os ativos para participar mais efetivamente do leilão do 5G no Brasil, ainda sem data para ocorrer.
A venda pela estrutura móvel da Oi é assessorada pelo banco Merryl Lynch.Fonte: Oi
Entretanto, a concorrência já é alta. Desde 2019, um consórcio formado por TIM e Vivo já trabalha em uma compra conjunta, que dividiria o catálogo de clientes e equipamentos entre as duas gigantes. A dupla até já teria efetuado a proposta, mas a oficialização deve ocorrer por meio de um leilão. Além disso, a Claro também estaria de olho na movimentação de mercado.
Fixa?
O site Telesíntese, entretanto, obteve a partir de fontes que a Algar está mesmo é interessada na operação da Oi envolvendo internet fixa por fibra óptica.
Além da divisão móvel e de fibra, a Oi será dividida também nos setores de torres, com valor de mercado de R$ 1 bilhão, e também de data centers, que é avaliado em até R$ 500 milhões.
A próxima etapa da negociação acontece em agosto deste ano, quando uma nova assembleia da Oi com os credores vai definir novas etapas da recuperação judicial.
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