Os Estados Unidos planejam implementar medidas contra suposta espionagem de estudantes chineses. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado, Mike Pompeo, nesta quinta-feira (29). Ao ser questionado pela Fox News sobre a possibilidade de expulsar milhares de estudantes de pós-graduação do país, Pompeo afirmou que eles “não deveriam estar espionando” nas escolas norte-americanas.
Devido às tensões crescentes entre Washington e Pequim, Donald Trump decidiu marcar uma entrevista coletiva. Segundo a revista Valor, o pronunciamento estava previsto para às 15h desta sexta-feira (29). Em uma conversa com jornalistas, Trump não entrou em detalhes sobre as pautas que seriam abordadas, mas disse: “Não estamos contentes com a China”.
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No entanto, se o presidente decidir expulsar os estudantes, é provável que ele receba muitas críticas das universidades norte-americanas — já que essas instituições dependem cada vez mais de matrículas estrangeiras.
Mike Pompeo durante entrevista coletiva em Washington no dia 29 de abrilFonte: Andrew Harnik/Pool via Reuters
Nas últimas semanas, em razão dos efeitos da pandemia e das decisões políticas que repercutiram em Hong Kong, a tensão entre os Estados Unidos e a China aumentou — sobretudo após o Partido Comunista Chinês utilizar a lei de segurança nacional para combater o movimento pró-democracia.
Apesar de Hong Kong ser considerado um território autônomo, o partido determinou que o governo chinês prenda e deporte dissidentes do regime que estiverem no território. Essa decisão abalou a relação econômica com os EUA.
"A decisão desastrosa de Pequim é só a última em uma série de ações para destruir fundamentalmente a autonomia e as liberdades de Hong Kong", disse o secretário. Mike Pompeo ainda comparou o governo à União Soviética e afirmou que o regime “comunista e tirânico” da China representa um risco real para o país.
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