O presidente do Banco Central, Roberto Campos, afirmou nesta quarta-feira (08) que apesar dos impactos gerados pela atual pandemia de covid-19, o PIX será entregue em novembro de acordo com a previsão original. Sobre a matéria, o BC abriu uma consulta pública através do edital 76/2020.
A partir dessa iniciativa, a população brasileira poderá enviar sugestões à instituição sobre o regulamento do PIX, que pretende digitalizar o dinheiro nacional através de um sistema de pagamentos instantâneos universal. A consulta pública Nº 76/2020 estará disponível até o dia 18 de maio.
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De modo geral, este regulamento aborda o funcionamento do pagamento instantâneo brasileiro, tipos de participantes admitidos e os requisitos de participação, o processo de autorização das transações e seus tempos máximos.
O documento também fala sobre inserir o PIX em aplicativos bancários, o processo de liquidação, os riscos e mecanismos de gerenciamento de riscos, a governança do PIX, a estrutura de tarifas e as regras gerais para a experiência de pagamento do usuário final, entre outros assuntos.
“Este é um passo importante para disponibilizar à sociedade brasileira esse novo meio de realizar pagamentos e transferências, que será instantâneo, fácil, seguro e estará disponível a qualquer hora ou dia”, declarou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello.
Segundo o próprio Banco Central, o PIX promete aprimorar a experiência de pagadores e de recebedores, além de alavancar a competitividade e a eficiência do mercado.
Covid-19: Plano econômico não sofre alterações
"Estávamos com um plano de voo, com menos crédito público e mais crédito privado. E esse plano de voo continua. Vamos entregar o PIX neste ano e andar com o open banking", declarou Roberto Campos durante uma entrevista ao Credit Suisse.
De acordo com o presidente, já se imaginava que a economia nacional sofreria com um choque de oferta após a chegada da covid-19. Com o passar das semanas, no entanto, todos perceberam que haveria também um choque de demanda.
"Temos um cuidado com a liquidez, com os setores mais afetados e com o câmbio. Queremos um canal de crédito que funcione. E fizemos uma liberação maior de depósitos compulsórios ainda em fevereiro. O Banco Central do Brasil foi o primeiro a injetar liquidez no sistema", completou ele.
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