A Xerox desistiu oficialmente de adquirir a HP, o que tornaria a empresa dona das divisões de computação e impressoras da gigante norte-americana. A decisão foi comunicada na última terça-feira (31) e tem a ver com a crise mundial gerada pelo novo coronavírus.
De acordo com a Reuters, o momento de incertezas e as possíveis dificuldades financeiras que serão enfrentados por todo o mercado da tecnologia tornariam o passo de aquisição arriscado demais. Além disso, gastos com saúde e manutenção das respectivas equipes serão priorizados.
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"Apesar de ser desapontante dar esse passo, estamos priorizando a saúde, a segurança e o bem-estar de nossos funcionários, clientes, parceiros e outros acionistas", diz o comunicado da Xerox. Ainda assim, a companhia lamenta que o processo não tenha sido concluído a tempo, alegando que a união seria benéfica para ambas — especialmente com a queda já duradoura do mercado de impressoras.
Uma longa negociação
A primeira oferta foi realizada ainda em novembro de 2019, mas acabou prontamente recusada. Em seguida, no final do ano passado, a Xerox passou a apelar para acionistas da HP, que poderiam virar o jogo e forçar a aquisição caso fossem convencidos das vantagens. Entretanto, o conselho da empresa seguia recusando a compra, que passou de US$ 27 bilhões para US$ 35 bilhões. O atual presidente e CEO da HP, Enrique Lores, também era contrário à união, especialmente quando ela se tornou uma aquisição hostil.
Uma reunião do conselho com os acionistas em maio seria a cartada final da Xerox e poderia concretizar a aquisição. Não está claro, entretanto, se as reuniões serão ou não retomadas com o fim da pandemia.
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