A fabricante chinesa Huawei está oficialmente liberada pelo governo brasileiro para participar do leilão de frequências do 5G. A informação veio de um documento publicado na última sexta-feira (27) pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo General Augusto Heleno.
De acordo com as diretrizes impostas pelo GSI, não há requisitos que excluam a participação da Huawei das negociações para cuidar da infraestrutura da próxima geração de conectividade móvel no país. Não foram encontradas restrições relacionadas a segurança, por exemplo, mas há preocupações com o assunto: segundo o jornal Folha de São Paulo, fornecedoras que passarem por incidentes de vazamentos de dados serão responsabilizadas em ações judiciais.
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Entenda a novela
A presença ou não da Huawei no leilão do 5G no Brasil era um assunto que parecia estar longe de ser finalizado. De um lado, a companhia chinesa é a líder em infraestrutura de telecomunicações e costuma ser a melhor alternativa em termos de custo-benefício. Do outro lado, o governo dos Estados Unidos, que mantém boas relações com o brasileiro, fez campanha para que a fabricante fosse barrada — o que chegou a ser levado em conta pelas autoridades nacionais.
O motivo é a atual guerra comercial entre os EUA e a Huawei com acusações dos norte-americanos de que a empresa pratica espionagem a mando do governo local e instala vulnerabilidades em seus equipamentos de rede. A marca sempre negou as ações.
O leilão do 5G no Brasil, que vai separar as cotas de banda entre as operadoras e direcionar a empresa responsável pelo fornecimento de rede, deve acontecer somente em 2021.