Segundo o Protocol, a Google usa sua parceria com fabricantes de Smart TVs para restringir o avanço do Amazon Fire. Sob a condição de anonimato, um funcionário sênior de uma grande empresa do setor disse ao site que a gigante, antes de fechar contratos, impõe diversas restrições para uso de seu sistema, entre elas a possibilidade de habilitar a tecnologia da concorrente nos aparelhos. Uma das punições quando o acordo é quebrado é impedir o acesso das marcas à Play Store e a recursos e apps próprios.
Com isso, a companhia de Mountain View impulsionou seu domínio no setor, de modo que, em 2019, de cada 10 aparelhos inteligentes 6 tinham Android TV. Conforme a própria empresa, o sistema estava presente em mais de 140 serviços de operadoras a cabo de todo o mundo. "Isso basicamente bloqueou a Amazon", disse o funcionário ao site. Ele ainda revelou ao Protocol que a atitude da Google não é novidade na indústria de televisores: "Todo mundo sabe disso".
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A competição entre as duas companhias ficou mais acirrada em 2015, quando a Amazon parou de vender o Chromecast em sua loja virtual e depois impediu o uso do Prime Video por meio desse dispositivo. Em resposta, em 2017 a Google barrou o acesso ao YouTube via Echo Show e Fire TV.
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