A Vivo e a TIM anunciaram, nessa terça-feira (10), o interesse em abrir negociações para adquirir a operação móvel da Oi, empresa que está em recuperação judicial desde 2016. As duas operadoras manifestaram oficialmente a intenção de iniciar tratativas com o Bank of America Merryl Lynch, assessor financeiro do Grupo Oi neste processo.
Conforme as empresas interessadas na transação, uma potencial aquisição em conjunto, “no todo ou em parte”, resultaria na divisão entre si dos negócios adquiridos, gerando eficiências operacionais e melhorias no serviço oferecido, além de contribuir para o “desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O negócio, que não teve os valores divulgados, pode mudar o ranking das maiores empresas do setor no Brasil, caso seja fechado. Se isso ocorrer, a Vivo ainda se manteria na liderança, enquanto a tele de origem italiana subiria para o segundo lugar, ultrapassando a Claro em número de clientes, dependendo de como ficaria a divisão da base de assinantes.
É importante ressaltar que uma possível compra pelas duas companhias concorrentes terá que passar por aprovação antitruste do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), além de enfrentar restrições regulatórias e limites de espectro por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Oi confirma recebimento da proposta
Em situação financeira delicada, a operadora confirmou o recebimento da proposta para compra da sua unidade móvel, mas sem citar os nomes dos interessados na aquisição. De acordo com a companhia, as propostas recebidas são iniciais e não vinculantes, podendo ser alteradas ou retiradas.
A tele também ressaltou que segue analisando as alternativas existentes para dar maior eficiência à realização do seu plano estratégico. Recentemente, a empresa solicitou à justiça autorização para reunir credores e votar alterações em seu plano de recuperação judicial, acrescentando a possibilidade de venda da operação móvel.