Na semana passada, a Mobile World Congress 2020 (MWC) foi cancelada pela GSMA, devido ao surto de coronavírus, que se espalhou em várias parte do mundo. Agora, a organizadora tenta levantar dinheiro junto das principais empresas do setor móvel para amenizar os custos resultantes da decisão. “Estamos pedindo a solidariedade e todos”. “Somos uma ONG e não obtemos lucro”, disse Mats Granryd, diretor da GSMA, à Bloomberg.
A MWC é uma das principais conferências sobre o mercado mobile, de modo que gigantes da tecnologia costumam adicioná-la a seu cronograma de lançamentos anuais. Conforme a GSMA, apesar de elas gastarem milhões por ano em painéis, exibições e estandes, esses valores, além dos ingressos vendidos, não geram retorno financeiro.
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“O dinheiro é usado para financiar eventos do MWC e para administrar a organização”, explicou Granryd. O executivo não explicou como ficará a questão dos reembolsos aos 100 mil participantes que pagaram para estar no encontro.
Barcelona encara prejuízo
Granryd reforçou o fato de que o inesperado coronavírus gerou impacto negativo não apenas para o evento, mas para Barcelona, na Espanha, que iria sediá-lo entre os dias 24 e 27 de fevereiro. Isso porque comércios locais e hotéis se prepararam para o amplo número de turistas até então esperados.
Com o cancelamento, as fabricantes e expositoras também estão criando eventos próprios individuais para anunciar novos dispositivos. Esse é o caso da Huawei, que marcou uma exibição para a próxima semana da geração de celulares P40 e novo dobrável. Por enquanto, outras empresas ainda não informaram se seguirão o mesmo caminho.
Além dessa edição da MWC, também estão marcadas conferências de mesmo nome para Xangai, China, e Los Angeles, EUA, em junho/julho e outubro, respectivamente. No entanto, a organizadora ainda avaliará se serão mantidas até lá. A edição principal de 2021 tem data prevista para entre 1 a 4 de março.
Fontes