O fato de o produto da LG mais falado pela internet em 2019 ser uma geladeira inteligente reflete bem a situação da empresa no ramo mobile: gigante em eletrodomésticos, uma sombra do que foi no segmento de dispositivos móveis. O relatório financeiro da coreana para o último trimestre de 2019, divulgado agora, reforça essa afirmação.
A empresa teve uma receita total de US$ 53 bilhões (lucro operacional de US$ 2,07 bilhões), uma boa parte graças à marca de eletrodomésticos premium LG Signature. A divisão Mobile, por outro lado, registrou um prejuízo operacional anual de US$ 858,34 milhões, justificado parcialmente como “aumento nas despesas de marketing de apoio para lançamentos.”
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Durante a CES 2020 em Las Vegas, o CEO da empresa, Kwon Bong-seok, foi otimista, dizendo que “o segmento de mobiles da LG Electronics será lucrativo até 2021. Expandiremos nossa linha de smartphones, através de seguidos lançamentos com diferenciais para atrair consumidores", o que, para ele, é a melhor estratégia em um mercado de smartphones já saturado.
Segundo o relatório de desempenho financeiro da empresa, “a demanda por produtos premium no mercado deverá crescer impulsionada pelo aumento real do mercado 5G. No entanto, espera-se que a concorrência se intensifique por conta da estratégia agressiva de preços entre os fabricantes”.
Esperança no 5G
Assim como sua rival Samsung, a LG aposta suas fichas no 5G e em um aumento na demanda por celulares premium nesse segmento (mais de 30 países já estão na fase de implantação comercial da rede móvel). Outro setor considerado estratégico é o de smartphones dobráveis – sua principal competidora se prepara para lançar o Galaxy Z Flip.
O que quer que esteja sendo planejando pela LG para reerguer sua divisão Mobile, uma amostra deve estar na MWC Barcelona (de 24 a 27 de fevereiro), considerada a maior feira em tecnologia mobile do mundo.
Fontes