O Reino Unido vai proibir a comercialização de carros novos a gasolina, diesel e também os modelos híbridos a partir de 2035, quando estarão à venda no território britânico apenas os veículos movidos a energia elétrica, na tentativa de reduzir a poluição do ar. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Boris Johnson nesta terça-feira (4).
Anteriormente prevista para 2040, esta proibição de carro a combustão na Grã-Bretanha foi antecipada pelas autoridades em cinco anos e passou a incluir também os modelos híbridos depois que especialistas afirmaram ser difícil alcançar a meta de zero emissão de carbono até 2050, se não fosse tomada uma medida mais drástica.
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No entanto, a iniciativa pode encontrar algumas dificuldades para ser posta em prática nos próximos anos, uma vez que há falta de suprimentos suficientes para atender à demanda, incluindo a produção de baterias, que ainda é baixa, conforme ressalta o presidente da organização automobilística britânica AA Edmund King.
Outros fatores também podem pesar para esta meta ousada que colocaria fim em mais de um século de dependência do motor a combustão, como a ainda limitada quantidade de pontos de recarga e o alto custo do carro elétrico, exigindo grandes investimentos por parte da indústria e também do governo.
Elétricos ainda não empolgam os britânicos
A venda de carros elétricos no Reino Unido ainda não é muito significativa como em outros países europeus. De acordo com o site Whatcar, a procura por este tipo de automóvel cresceu 144% em 2019, resultando em 37.850 unidades comercializadas, mas o número representa apenas 1,6% do mercado.
Na vizinha Noruega, por exemplo, onde há vários incentivos para quem opta por não usar mais os modelos convencionais, os elétricos representam quase 44% do mercado, conforme dados divulgados recentemente.
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