A Huawei reestruturou sua divisão de serviços de nuvem e inteligência artificial e transformou o segmento em um Grupo de Negócios (BG). A novidade garante mais autonomia para o setor da gigante chinesa, que pretende abocanhar uma fatia maior do crescente mercado de Cloud e IA na Ásia.
O novo grupo de negócios será liderado por Hou Jinlong, que antes presidia a unidade de produtos e serviços de nuvem e inteligência artificial da companhia. Com o upgrade, a divisão se torna o quarto grande pilar de lucros da Huawei, acompanhando os segmentos de Operadoras (Carrier), Enterprise (Empresa) e Consumer (consumidor).
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A divisão da Huawei oferecerá serviços de nuvem pública e privada, armazenamento e inteligência artificial, incluindo soluções de Internet das Coisas (IoT). Atualmente, a empresa é a quinta maior companhia no mercado de Cloud e IA da China e a reestruturação da divisão criada em 2017 pode auxiliar a gigante dos smartphones a ganhar mais espaço nesse segmento.
Foco na integração
Segundo números do governo chinês compartilhados pelo DigiTimes, pelo menos um milhão de negócios vão reestruturar sua produção para adicionar computação em nuvem e inteligência artificial nas operações até 2020. Com essa expansão, a Huawei ainda tem bastante espaço para crescer no seu país natal e bater de frente com concorrentes como Alibaba, Tencent e Amazon Web Services (AWS).
Segundo um planejamento revelado pela companhia em 2019, o objetivo da Huawei é garantir maior integração que os concorrentes. Como a companhia também atua em diversos outros segmentos de negócios na China, a firma pretende oferecer soluções que aproximem os serviços de nuvem dos segmentos de hardware, data center e software, para entregar uma experiência completa aos clientes.
Vale lembrar que a companhia também está apostando em integração no segmento de consumo. O sistema operacional HarmonyOS, lançado pela firma no ano passado, pode ser de grande importância para a Huawei no futuro. Visto como um possível substituto para o Android, o ecossistema tem como plano final ser uma plataforma para unir frentes da gigante chinesa em apenas um padrão, que funciona em celulares, computadores e também dispositivos conectados.
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