A desenvolvedora chinesa ByteDance ainda pode vender parte majoritária das ações ou todo o negócio do TikTok, plataforma mobile que tem conquistado o público jovem ao redor do mundo.
Tudo começou com uma matéria da Bloomberg na véspera do Natal de 2019. O texto afirmava que a ByteDance, para evitar conflitos com os Estados Unidos, poderia comercializar o serviço ao menos parcialmente — o que reduziria as preocupações do governo norte-americano, que acusa o app de coletar e enviar dados de usuários para a China.
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A empresa negou a informação, mas os palnos ainda não estão totalmente descartados. Segundo o site The Verge, ainda há possibilidades de expansão internacional para a empresa que não envolveria se desfazer completamente dessa verdadeira mina de ouro digital.
Possíveis soluções
A mais nova manobra da ByteDance é abrir um escritório fora da China para cuidar da expansão internacional do aplicativo. Singapura, Londres e Dublin, na Irlanda, são as regiões consideradas até o momento — por enquanto, tudo o que a empresa tem é a sede da própria desenvolvedora na China, além de executivos espalhados pelo mundo.
Outra forma de amenizar as brigas foi divulgar um relatório de transparência, o primeiro da história da plataforma. No documento, a empresa informa que a China não fez nenhuma requisição para apagar conteúdos, enquanto Índia e Estados Unidos fizeram diversos pedidos. Só que há aí uma pegadinha: no país-sede, o app opera sob o nome de Douyin e com uma base diferente de dados e usuários.
https://www.youtube.com/watch?v=FR0jMepCVdE
E essa pode ser a solução aqui: fazer o TikTok "renascer" como um app que opera somente dentro dos Estados Unidos, com os mesmos recursos da ByteDance, mas deixando os dados controlados pelo país. Não há nada oficial a respeito disso por enquanto, mas o The Verge garante que isso "não parece mais tão improvável" e pode acontecer mais cedo do que o esperado.
Fontes