A Huawei continua proibida de fazer negócios com empresas dos Estados Unidos, mas a Casa Branca está abrindo exceções durante o atual período de "trégua" com a firma. Agora, o governo liberou a fabricante de semicondutores Micron para negociar com a companhia chinesa e vender suas tecnologias, incluindo chips de memória DRAM e NAND.
Com o aval fornecido pela gestão de Donald Trump, a Micron entra para o seleto grupo de companhias que pode fazer transações comerciais com a Huawei. Em novembro, a Microsoft também ganhou permissão para negociar com a fabricante chinesa e embarcar seu sistema operacional nos computadores da marca.
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Até agora, a principal parceira da Huawei que continua proibida de fazer negócios com a empresa é a Google. De acordo com o CEO da gigante chinesa, Ren Zhengfei, a dona do Android já fez o pedido para o governo estadunidense, mas ainda está no aguardo de uma aprovação.
Micron precisa da Huawei
Apesar de não ser tão famosa quanto a Google e atuar "nos bastidores" da indústria, a Micron recebeu aprovação para negociar com a Huawei porque sentiu a ausência da firma em seus ganhos. Segundo relata a Reuters, a companhia passou por quedas de vendas em 2019 e o cenário acabou piorando após o bloqueio da fabricante chinesa.
A Huawei é a segunda empresa que mais vende smartphones no mundo e apenas o anúncio do aval vindo do governo dos Estados Unidos já fez as ações da Micron subirem 4%. A companhia recebeu todas as aprovações necessárias e poderá fornecer produtos existentes e também novas mercadorias para a gigante chinesa.
Em um comunicado, a fabricante de chips disse que está otimista e prevê uma recuperação até a segunda metade de 2020. "Em alguns meses, estaremos em uma posição muito melhor - assumindo, é claro, que nenhuma mudança ocorra em termos de política comercial dos EUA", disse Sumit Sadana, diretor denegócios da Micron.