O governo chinês e a fabricante Huawei estão na ofensiva contra países aliados dos Estados Unidos na guerra comercial atualmente em andamento. No início do mês, a companhia removeu componentes norte-americanos de seus dispositivos móveis e intensificou a briga para fortalecer o nome na América Latina. Desta vez, o alvo é a Alemanha, que ameaça deixar a empresa de lado no leilão de frequências do 5G.
Até pouco tempo atrás, a Huawei era uma das favoritas a integrar o serviço de 5G no país e no resto do continente. Entretanto, segundo a Bloomberg, a oposição à atual primeira-ministra, Angela Merkel, começou a repensar a inclusão dos chineses por causa dos supostos perigos à privacidade gerados pela fabricante. Os EUA acusam a marca de atuar como uma espiã governamental.
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Só que a China não está disposta a esperar uma decisão — e partiu para a ofensiva, ameaçando banir as montadoras alemãs do país caso o 5G da fabricante seja proibido. "Se a Alemanha tomar uma decisão que leve à exclusão da Huawei do mercado alemão, teremos consequências. O governo chines não ficará parado", afirmou o embaixador chinês no país, Wu Ken. Volkswagen, Audi, BMW e Porsche são só algumas das marcas que seriam afetadas, o que abriria mercado para marcas de outros países, como a França, ou então para companhias locais.