Conforme apontado aqui no TecMundo, Donald Trump decretou em agosto o aumento de 10% para 15% sobre produtos importados da China, em meio à guerra comercial entre os dois países. Com isso, a Apple teria que bancar o aumento do custo de peças e outros equipamentos de seus aparelhos — como iPhone, MacBook, Apple Watch, AirPods e HomePods —, fabricados no território chinês, a partir do próximo dia 15 de dezembro. Mas esse cenário mudou na última quinta-feira (12) com um novo acordo assinado entre as duas nações.
A mudança de planos por parte do governo norte-americano teve um empurrãozinho de Tim Cook, CEO da Apple, que chegou a se encontrar várias vezes com Trump desde agosto. O chefão da gigante ainda liderou uma campanha de lobby na Casa Branca para tentar barrar a medida.
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A China, por sua vez, teria interesse em encerrar a medida de Trump, que geraria o total de US$ 160 bilhões em tarifas. Para isso, Xi Jinping, presidente da China, teria prometido aos EUA a compra de mais produtos agrícolas fabricados no país ocidental.
Consequências à Apple
O acréscimo tarifário poderia criar um efeito cascata, tornando dispositivos da Maçã ainda mais caros em todo o mundo. Segundo o Bloomberg, isso poderia agregar US$ 150 (cerca de R$ 616, em conversão direta) a mais no preço do iPhone, por exemplo, apenas no final deste ano.
Outra consequência da decisão anterior é que a Apple também perderia 4% de lucro por ação em 2020. Ao mesmo tempo, se a companhia de Cupertino decidisse elevar o valor do aparelho, sua demanda diminuiria entre 6% e 8% no período.