A equação dispositivos ultra finos + chips poderosos está resultando não apenas em aparelhos leves e dinâmicos como também em um problema: o que fazer para dissipar o calor gerado. Uma patente mostra que a Microsoft achou uma maneira simples e genial de fazer isso: é tudo uma questão de aproveitar a dobradiça.
A novidade poderá estar no novo Surface Neo, apresentado no lançamento da nova linha Surface da empresa e que deve chegar ao mercado no início do ano que vem. O dispositivo, com tela dupla, 655 gramas e 5,6 mm de espessura, tem os displays de LCD mais finos já criados. Segundo a Microsoft, pela sua dobradiça correm mais de 60 cabos microcoaxiais extremamente finos.
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Vamos à patente. Chamada de “Condução de calor através de uma dobradiça via câmara de vapor flexível”, ela prevê duas câmeras de vapor: uma na base (onde está a CPU) e a outra, na parte da tela. Esta "pode ??fornecer uma área de superfície efetiva para a transferência passiva de calor", que passaria de um lado para o outro pela dobradiça do dispositivo.
Reforço de titânio para o abre-e-fecha
A patente descreve a maneira como as câmeras de vapor vão da base para a área da tela sem sofrer deformação, mesmo o dispositivo sendo fechado e aberto repetidas vezes (pela patente, seriam usadas três camadas de titânio). Agora é aguardar para ver se o mecanismo estará mesmo no Surface Neo ou somente poderá ser visto nos próximos dispositivos das linhas Surface Laptop ou Surface Book.
Segundo a Microsoft, a invenção beneficiaria não somente notebooks como também outros equipamentos, como dispositivos HMD como o HoloLens. O headset poderia usar processadores mais potentes sem a preocupação de ter que lidar com um aumento de temperatura – principalmente porque ele dispõe de menos área para dispersão de calor do que notebooks.
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