Apesar da insistência dos Estados Unidos de manter a Huawei sob sanções comerciais, impedindo-a de negociar com diversas companhias norte-americanas, a chinesa lida bem com a crise. Segundo fontes chinesas, a fabricante já se vê livre de “peças americanas” e fortalece sua autonomia.
A linha de produção do Huawei Mate 30 e Mate 30 Pro já é livre de componentes norte-americanos. Dessa vez, a fabricante dispensa a participação norte-americana de toda sua produção. Na mesma jogada, a Huawei também retirou componentes que adaptavam smartphones às conexões estadunidenses.
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Isso se dá pelo crescimento e participação de uma das subsidiárias da própria Huawei, a HiSilicon. Análises chinesas apontam que processadores e modems são produzidos pela companhia. Outros componentes importantes, como módulos WiFi e Bluetooth, foram substituídos por alternativas chinesas.
A autonomia não foi uma solução de emergência. Na verdade, a Huawei esperava o banimento norte-americano desde 2012, o que a fez investir no desenvolvimento de componentes próprios e em pesquisa.
Além disso, a fabricante chinesa também procurou fabricantes de outros países para a criação de grandes estoques. Esse material sobressalente viabilizou a produção de smartphones por anos e garantiu a participação da Huawei na construção de estações para o 5G.
Como análises de mercado já apontam, as sanções comerciais não estão surtindo efeito na atuação da Huawei. A fabricante se encontra inabalada pela queda do mercado de smartphones e ainda se mantém em segundo lugar, com 17% de participação no setor — quase 10 pontos acima da Apple.
Fontes