A Huawei continua sendo um dos desafetos dos Estados Unidos, mas o país tem dado brechas para a companhia fazer negócios com empresas americanas. A Microsoft anunciou que recebeu uma permissão para voltar a trabalhar com a Huawei e exportar seus produtos para "mercados em massa" ao redor do mundo em parceria com a companhia chinesa.
A informação foi revelada em um comunicado para a agência de notícias Bloomberg. "No dia 20 de novembro, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos acatou ao pedido da Microsoft de uma licença para exportar software de mercados em massa com a Huawei", explicou o porta-voz da gigante de Mountain View.
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A notícia vem na mesma semana em que o Departamento de Comércio do país também estendeu a licença permitindo que as empresas americanas façam negócios com a Huawei por mais 90 dias. Ou seja, as companhias estadunidenses tem até 16 de fevereiro de 2020 para ajustarem sua produção e deixarem de fazer transações comerciais com a firma chinesa.
O comunicado da Microsoft não menciona datas, ou seja, ainda não está claro se a permissão cedida pelo Departamento de Comércio também vence em fevereiro do ano que vem. Até lá, porém, a companhia poderá fazer negócios com a Huawei e vender licenças do Windows e Office para serem embarcados nos computadores da fabricante chinesa.
HarmonyOS e Linux
Após a proibição dos Estados Unidos, que começou em maio e tem sido empurrada desde então, a Huawei lançou um novo sistema operacional chamado HarmonyOS, que é voltado para Internet das Coisas, mas eventualmente também pode ser utilizado em computadores e smartphones.
Além disso, a companhia também começou a vender na China computadores com sistema operacional Deepin, uma das distribuições baseadas no kernel Linux. Ou seja, caso a proibição dos Estados Unidos realmente vá para frente em 2020, possivelmente a Huawei vai utilizar um "plano B" para continuar no mercado.