EUA dão mais 90 dias para Huawei negociar com empresas americanas

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Empresas americanas agora têm até 16 de fevereiro de 2020 para se ajustar e deixar de comprar o que quer que seja da Huawei. O Departamento de Comércio americano estendeu a Licença Geral Temporária (TGL, sigla em inglês) de importação por mais 90 dias. É a terceira vez que o prazo é dilatado desde que a empresa chinesa e 68 de suas subsidiárias entraram na lista negra do governo dos EUA.

A medida tem como objetivo, segundo o governo americano, dar suporte à infraestrutura que a gigante chinesa construiu nos EUA, como redes de comunicações em áreas rurais. Elas usam equipamentos da Huawei e da ZTE (empresa chinesa que é uma das principais fornecedoras de equipamentos de telecomunicações e soluções de rede do mundo); substituir todo o sistema seria inviável por conta dos custos.

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Lista agora tem mais 46 subsidiárias

Em comunicado, o secretário de Comercio dos EUA, Wilbur Ross, disse que “a extensão da Licença Geral Temporária permitirá que as transportadoras continuem atendendo clientes em algumas das áreas mais remotas dos Estados Unidos que, de outra forma, seriam deixadas no escuro." Ross ainda anunciou que mais 46 subsidiárias da Huawei fazem agora parte da chamada Lista de Entidades, o que, segundo ele, vai tornar "mais difícil para a Huawei contornar as sanções".

Em julho, autoridades americanas e chinesas se reuniram em Xangai para discutir a disputa comercial entre os dois países e o papel da Huawei no conflito. (Fonte: Associated Press/Han Han Guan)

A nova data-limite dá tempo para que as negociações entre os EUA e a China avancem. Segundo o presidente americano, Donald Trump, a normalização das relações comerciais com a Huawei pode ser uma parte de um novo acordo comercial com o país comunista.

A Huawei, por sua vez, declarou que mais tempo não impactará em seus negócios. A empresa reafirmou que o banimento prejudica as empresas americanas e "mina a confiança mútua da qual depende a cadeia de suprimentos global".

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