A Oi começou a negociar a venda de sua unidade móvel – a revelação foi feita ontem (13) pelo diretor de Operações do Grupo Telefónica (Vivo, no Brasil), Ángel Voilá, a analistas e investidores durante a conferência European Technology, Media and Telecoms, em Barcelona, na Espanha.
Segundo o executivo, assessores da Oi procuraram a empresa espanhola para iniciar conversações sobre uma futura aquisição. Vilá afirmou que a Telefónica está estudando a proposta e avaliando os ativos da companhia brasileira.
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Para ele, a Oi é atrativa não apenas por conta do seu desempenho dentro do plano de recuperação fiscal que vem seguindo, como também pela “base substancial de clientes e uma posição de espectro significativa”.
A declaração do executivo da Vivo é a primeira que confirma a intenção da Oi de se desfazer de sua unidade móvel. Claro, TIM e Telefónica sempre negaram haver consultas em andamento sobre uma possível compra conjunta, com a posterior divisão do saldo entre as três.
Vai-se a rede de telefonia, fica a liquidez
A venda da rede de telefonia móvel pode render à Oi até US$ 4,8 bilhões. O dinheiro seria bem-vindo no momento em que a operadora enfrenta uma crise de liquidez, enquanto tenta seguir os planos de reestruturação de sua dívida, calculada em US$ 19 bilhões (a segunda maior de todos os tempos no Brasil).
Mesmo tendo que juntar forças para arrebatar o segmento móvel da operadora, além de eliminar um concorrente do mercado as empresas compradoras receberiam 38 milhões de linhas ativas – a maior parte, nos principais mercados do país (Rio de Janeiro e São Paulo).
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Oi é a quarta maior operadora de telefonia móvel do país, com metade de usuários da Vivo (controlada pela Telefônica, da Telecom Italia), líder do segmento com quase 74 milhões de linhas ativas.
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