Cofundador da Microsoft e uma das pessoas mais ricas do mundo há vários anos, Bill Gates voltou aos holofotes nesta quarta-feira (6) por algumas declarações polêmicas durante uma conferência do jornal The New York Times. O executivo, que normalmente não se envolve em questões da política dos Estados Unidos, sugeriu que pode votar para Donald Trump na eleição presidencial de 2020.
O motivo? As altas taxas sobre grandes fortunas que são sugeridas por alguns pré-candidatos do Partido Democrata, incluindo a senadora Elizabeth Warren — a mesma que tem como carro-chefe de campanha a briga contra grandes empresas de tecnologia, pedindo até a "quebra" delas em várias companhias menores.
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"Se eu tivesse que pagar US$ 20 bilhões, está tudo bem. Mas, quando você diz que eu deveria pagar US$ 100 bilhões, aí eu começo a fazer as contas sobre o que sobrou para mim. Desculpe, estou só brincando", comentou o executivo.
Não era só uma piada
Apesar de dizer que estava apenas tirando sarro da situação, Gates parece mesmo incomodado. O ex-CEO, que tem uma fortuna estimada em US$ 107 bilhões,
"Eu não vou fazer declarações políticas. Mas, eu acredito que, não importa quais políticas as pessoas tenham em mente... quem eu achar que tem a abordagem mais profissional na situação atual é provavelmente é o que terá mais peso para mim. E eu espero que o candidato mais profissional seja também um candidato elegível", afirma. Parte da mídia internacional não levou na brincadeira a declaração, afirmando que Gates praticamente declarou que estaria aberto a votar para Trump ser reeleito.
A proposta de Warren
Em resposta às falas do homem mais rico do mundo, Warren tweetou que ficaria feliz em se encontrar com o executivo para "explicar exatamente quanto" ele iria pagar nos impostos propostos por ela.
I'm always happy to meet with people, even if we have different views. @BillGates, if we get the chance, I'd love to explain exactly how much you'd pay under my wealth tax. (I promise it's not $100 billion.) https://t.co/m6G20hDNaV
— Elizabeth Warren (@ewarren) November 7, 2019
Basicamente, a ideia é taxar em 2% a receita anual de norte-americanos com mais de US$ 50 milhões acumulados e 3% anuais os que acumularem US$ 1 bilhão ou mais. A verba faria parte de um fundo destinado a setores como educação e saúde.
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