A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta segunda-feira (04), uma operação para identificar motoristas de aplicativos que utilizam perfis falsos para transportar passageiros do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. De acordo com a instituição, os envolvidos nas fraudes são ligados a empresas como Uber, 99, Cabify e Wappa.
Comandada pela Delegacia de Atendimento Policial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (DAIRJ), a operação Vexo (burlar, em latim) teve as investigações iniciadas em julho deste ano, com base nas denúncias de pessoas lesadas pelos motoristas, e contou com o auxílio das empresas de transporte por apps. Dez perfis falsos foram identificados.
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Durante a ação no Galeão, a polícia revistou mais de 100 condutores e carros, resultando na prisão de 2 homens. Segundo a delegada Tatiana Ribeiro Queiroz, em entrevista ao Extra, os presos estavam banidos das plataformas por cometerem crimes ou atos criminosos graves ou por burlarem os termos de uso das empresas. Para voltar a trabalhar, eles utilizaram dados de outras pessoas.
Com essa prática, eles cometeram o crime de falsidade ideológica, que é o uso de informações de identificação de terceiros para obter ganhos financeiros e outros benefícios. Os investigadores também descobriram que alguns deles não finalizavam as corridas e colocavam valores diferentes para faturar mais.
O que dizem as empresas
Em nota enviada ao Extra, a Uber declarou que faz uma checagem rigorosa de todos os cadastrados, inclusive de antecedentes criminais, e que está colaborando com as investigações. A 99 afirmou ter um recurso de reconhecimento facial que bloqueia quem comete esse tipo de fraude. Já a Cabify revelou não ter sido procurada pela polícia até o momento, mas está à disposição para colaborar. A Wappa não se manifestou.
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