O WhatsApp está processando a NSO Group, empresa israelense que desenvolve ferramentas hacker para invasões de sistemas, sob a alegação de que esta teria participado ativamente de invasões hackers ao seu aplicativo de mensagens instantâneas.
Entenda o caso
Em maio, o WhatsApp sofreu ataques devido a uma vulnerabilidade que permitia que um hacker infectasse celulares, depositando malwares, por meio de uma chamada de vídeo, mesmo que esta não fosse atendida.
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Na época, a Citizen Lab, empresa que trabalhou junto ao WhatsApp para descobrir a falha de segurança, declarou que os ataques visavam jornalistas e defensores dos direitos humanos. O software utilizado nos ataques e que, inclusive, foi usado por governos ditatoriais em vários países, foi desenvolvido pela NSO Group, que se defendeu, afirmando que apenas havia desenvolvido e comercializado o software malicioso, mas que não participava diretamente de nenhum dos ataques.
WhatsApp diz ter provas contra a NSO Group
Nesta quarta-feira (30), o diretor do WhatsApp, Will Cathcart, disse ao Washington Post que a empresa tem provas de que a NSO esteve envolvida com os ataques ao seu aplicativo, ao contrário do que a empresa israelense vinha afirmando.
Segundo Cathcart, foram descobertas contas do WhatsApp utilizadas para iniciar os ataques que, possivelmente, têm ligação com a NSO Group, além do próprio aplicativo vincular servidores e serviços usados no ataque à companhia desenvolvedores de malwares.
“Embora o ataque deles tenha sido altamente sofisticado, suas tentativas de encobrir as provas não foram totalmente bem-sucedidas”, disse Cathcart.
A NSO Group se manifestou, contestando as acusações do WhatsApp, e reafirmando que toma as medidas apropriadas para que seus softwares sejam usados apenas para combater o crime e o terrorismo.
No entanto, o WhatsApp já acionou a justiça americana e pretende responsabilizar a NSO Group pelas invasões que infectaram, ao todo, 1.400 aparelhos.
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