Na sexta-feira (25), a Microsoft ganhou o direito de assinar um contrato de US$ 10 bilhões com o Pentágono, para ceder seus serviços de computação em nuvem, necessários para o gerenciamento de dados da organização militar.
A Microsoft vinha disputando o contrato com a Amazon desde abril, quando as duas companhias sobraram como finalistas das negociações. Neste caso, foi uma surpresa a Amazon não ter superado a Microsoft, já que é líder disparada do setor e possui mais certificações para operar com dados militares que sua concorrente, o que a deixa em ampla vantagem.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Trump teria influenciado na decisão do Pentágono
Há a especulação de que o presidente americano Donald Trump teria influenciado a decisão do Pentágono em escolher a Microsoft como parceira.
Trump vinha criticando publicamente a Amazon e o CEO da empresa, Jeff Bezos, nos últimos meses, chegando até mesmo a citá-los em relação à licitação com o Pentágono, em julho.
Como não foram comentários aleatórios e/ou privados, no caso de a Amazon se sentir prejudicada, poderia recorrer da decisão alegando que as declarações de Trump favoreceram a Microsoft. No entanto, a empresa ainda não tomou nenhuma atitude nesta direção.
Microsoft venceu, mas pode não levar o prêmio
Desde que Trump assumiu a presidência dos EUA, grandes companhias de tecnologia já assinaram contratos com o governo americano, que geraram descontentamento entre seus funcionários e pessoas externas.
Em 2018, os funcionários da Amazon protestaram por seu envolvimento com a Imigração e Alfândega dos EUA. No mesmo ano, a Google passou por situação semelhante por um contrato com o Departamento de Defesa, o que resultou no fim da parceria. Já em 2019, os funcionários da Microsoft se mostraram incomodados sobre a empresa fazer um acordo com militares.
Agora, resta saber se o contrato recentemente assinado com o Pentágono será levado adiante.
Fontes