A Huawei chegou à marca dos 200 milhões de celulares vendidos em 2019 e conseguiu o feito 64 dias mais cedo na comparação com 2018. Vale lembrar que neste ano a empresa entrou para a lista negativa dos Estados Unidos e por isso deixou de assinar contratos com dezenas de empresas norte-americanas.
Na China, seu país de origem, a companhia já vende bem há muito tempo. Não há segredo para o sucesso da gigante de telefonia: apenas inovação e preços justos. Por mais que sua saída do mercado estadunidense tenha gerado impactos, a expansão para outros países do Ocidente gerou benefícios que acabaram superando as perdas.
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2019: o pior e o melhor ano da Huawei
Parece estranho, mas 2019 foi o pior e o melhor ano da companhia chinesa até aqui. Enquanto fabricantes como Samsung e Apple lutavam para manter suas vendas em um ritmo aceitável, a Huawei cresceu tanto que tomou o lugar da Maçã no ranking mundial e já é a segunda maior fabricante de celulares do mundo.
Os dois maiores trunfos da companhia são o Huawei P30 e o Mate 30, mas não por suas vendas individuais. O fato é que os recursos avançados desses smartphones serviram para chamar atenção da mídia para toda a linha de aparelhos da chinesa, incluindo os intermediários e os de entrada.
Diante da dificuldade imposta pelo governo Trump, a Huawei sofreu limitações de componentes importantes e do Android, assim como precisou deixar de usar apps da Google. Isso fez com que algumas operadoras europeias parassem de comercializar seus aparelhos. Para minimizar o impacto da falta do Android, a empresa já anunciou que, em breve, deve lançar seu próprio sistema operacional móvel, o Harmony OS, que vem desenvolvendo desde 2012.
Enquanto isso, as acusações de ameaça de segurança continuam em Washington, que até hoje não conseguiu evidenciar nenhuma delas. A fabricante de celulares segue inovando e vendendo mais celulares do que nunca — inclusive acabou de iniciar a pré-venda de seu primeiro dobrável, o Mate X.
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