O ano de 2013 viu nascerem dois softwares para comunicação corporativa que rapidamente se tornaram amados pela indústria de mídia e de tecnologia: o Slack e o Zoom. Hoje, empresas que compram o pacote Office 365 levam o Teams (o app que une o melhor do Slack e do Zoom) de graça – e é assim que a Microsoft planeja tirar a concorrência do mercado.
Mesmo que Apple, Google, Amazon e Facebook estejam sob investigação federal por concorrência desleal, o fato de a Microsoft oferecer de graça o que os concorrentes menores vendem não a pôs sob a mira de agências reguladoras americanas.
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Até agora, a tendência da maioria dos clientes corporativos do Office 365 (77%) foi de assinarem também Slack ou Zoom (que juntaram forças em junho). Porém, esse crescimento pode decair à medida que a economia dá sinais de recessão e a incerteza econômica assombra o ano eleitoral.
Hoje, a participação de mercado do Teams é de 60%, enquanto o Zoom tem 31% e o Slack, 30%; 11% das empresas planejam diminuir seus gastos com o Slack; apenas 3% dizem estar reduzindo os gastos com o Zoom e 2%, com o Teams. O argumento: o Teams é de graça.
Por que o governo não vai atrás da Microsoft
Segundo o que o ex-diretor do Bureau de Concorrência da Comissão Federal do Comércio, Tom Campbell, disse à Recode, para ganhar um processo antitruste contra a Microsoft é preciso provar que oferecer de graça exclui outros produtos do mercado. "Mas isso beneficia o consumidor, e a lei antitruste americana é pró-usuário", diz ele.
Para o analista de políticas do Open Markets Institute Daniel Recley, as investigações atuais da Big Tech pode levar a decisões que algum dia serão aplicadas à Microsoft. "Espero que elas sejam um ponto de virada para voltarmos a processar quem pratica a concorrência desleal.”
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