Aguardada ansiosamente pelas operadoras do país, a quinta geração da telefonia celular (mais conhecida como 5G) vai ser o assunto de uma audiência pública a ser realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, em data ainda a ser definida. O debate será o cenário geopolítico mundial envolvendo o 5G.
Como convidados, estarão o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler Morais; o diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei do Brasil, Carlos Lauria; o diretor de Assuntos Governamentais da Qualcomm Brasil, Francisco Soares; o diretor de Relações Governamentais da Ericsson, Tiago Machado; o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Márcio Novaes; e mais representantes do Google e do Coletivo Intervozes, uma entidade sem fins lucrativos que atua em defesa do direito à informação.
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Huawei controla mais de um terço da rede de telefonia móvel
A audiência acontece em um momento em que os EUA, sob a alegação de práticas de espionagem, roubo de dados e risco real de ataques por meio dos equipamentos chineses, têm pressionado países aliados para que excluam a chinesa Huawei das disputas pelo mercado 5G no mundo. A Anatel, porém, não tem intenção de deixar a empresa de fora do leilão ano que vem, mesmo com as pressões do governo americano.
A Huawei tem lançado raízes profundas no país: há dois meses, ela confirmou que, entre 2020 e 2022, investirá US$ 800 milhões em uma nova fábrica no Estado de São Paulo. Além dos inúmeros contratos com a União, a Huawei é dona de quase 35% da infraestrutura de redes de telefonia móvel no Brasil; por conta disso, foi escolhida pela Anatel para realizar, junto com as operadoras Oi, TIM, Claro, Vivo e Algar, os testes do 5G no país.
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