De acordo com o jornal espanhol Expansión, a Telefônica, dona da Vivo, está tentando convencer as empresas América Móvel, dona da Claro, e a Telecom Italia, dona da TIM, a dividir a Oi em uma compra conjunta. A maior dificuldade, neste caso, seria cada uma das três companhias se convencer de que estão sendo igualmente beneficiadas com a divisão. A resolução desse impasse, por si só, poderia atrasar a venda da Oi em vários meses.
A Telefônica, obviamente, estaria tentando atrair a outras duas para o negócio, uma vez que a Oi possui ativos e infraestrutura suficientes para que todo o grupo aumente sua receita e já herde uma boa quantidade de clientes.
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Justiça brasileira pode não autorizar
Embora a imprensa espanhola tenha falado neste possível acordo entre as três teles, de acordo do ponto de vista legal, este tipo de negociação é impossível no Brasil, mesmo após a revisão do Marco Legal de Telecomunicações, que foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira (04).
Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) não vinha demonstrando concordância com a concentração do mercado de telecomunicações brasileiro, ao menos, antes da mudança de membros da organização.
Para o CADE, a diminuição de quatro para três grandes operadoras de telefonia, no Brasil, impacta diretamente na questão da concorrência, o que pode afetar a qualidade do serviço. O órgão já havia exposto opinião parecida quando a Claro resolveu comprar a Nextel.
De qualquer forma, nada impede que uma nova lei seja elaborada, para permitir que o acordo conjunto entre Vivo, Claro e Tim seja consumado.
Fontes