Uma equipe de pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, liderada pelo cientista da computação Rachid Guerraoui, está desenvolvendo uma criptomoeda alternativa à Bitcoin (e às suas derivações), que usa um método para garantir a segurança das transações muito mais econômico.
Bitcoin consome muita energia
O sistema de segurança de transações da Bitcoin, e de todas as criptomoedas semelhantes a ela, consome muita energia porque usa um princípio chamado “consenso”. Nesse modelo, a validade de todas as transações precisa ser averiguada e confirmada por todos os participantes da rede, a fim de impedir fraudes como a utilização das mesmas moedas mais de uma vez. Por isso, todos os participantes são incluídos em operações complexas de computador, que requerem alto processamento e, consequentemente, maior gasto de eletricidade.
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Alternativa ao Bitcoin
O modelo criado por Guerraoui e sua equipe inverte o trabalho do modelo anterior. Ele supõe que nenhum participante da rede sejam um trapaceiro em potencial, por isso o sistema de segurança só entra em ação quando uma operação suspeita é identificada.
Essa nova abordagem é chamada de “Difusão Segura Bizantina” e exclui o princípio do consenso para atuar.
Como funciona a Difusão Segura Bizantina
A comunicação entre os participantes da rede é o que garante a segurança do sistema baseado na Difusão Segura Bizantina: "Se um participante mal-intencionado quiser efetuar um pagamento, por exemplo, este sistema não permitirá que ninguém aceite dinheiro desse participante até que uma amostra escolhida aleatoriamente confirme que o participante não enviou dinheiro a mais ninguém; caso contrário, o pagamento não será aceito," explica Guerraoui.
O novo modelo está previsto para ser lançado no final de 2020 e possui limitações nos tipos de aplicações em relação ao Bitcoin. No entanto, enquanto cada transação envolvendo Bitcoin gera cerca de 300 quilos de CO2, o novo modelo geraria apenas alguns gramas.
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