Nesta quarta-feira (02), a Samsung, maior fabricantes de smartphones do mundo, anunciou que está fechando sua última fábrica de celulares na China, o maior mercado mundial deste tipo de dispositivo. A razão para esta “decisão difícil”, segundo a própria Samsung, é necessidade de otimizar seus recursos, uma vez que enfrenta alta concorrência com empresas locais, além de ter perdido significativa fatia de mercado naquele país.
A última fábrica em atividade, na cidade de Huizhou, já tinha parado de produzir desde junho passado. A imprensa sul-coreana informou que ela empregava seis mil trabalhadores e produziu 63 milhões de unidades em 2017, ano em que a companhia atingiu a produção anual de 394 milhões de dispositivos.
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Em comunicado, a Samsung disse que os equipamentos de produção serão realocados para outras fábricas globais, dependendo das necessidades de mercado em cada região. Enquanto encerrava suas fábricas na China, a empresa vinha expandindo suas atividades de produção em países com a Índia e Vietnã.
Essa estratégia, aliás, também tem sido adotada por outras empresas, como a Sony, que tomou a mesma decisão, realocando sua produção para a Tailândia.
“Impossível” recuperar mercado
Para um analista da Cape Investment & Securities, seria praticamente impossível a gigante sul coreana recuperar mercado em um país onde as pessoas estão acostumadas a comprar celulares de baixo custo apenas de fabricantes locais, enquanto, para os modelos topos de linhas, o público prefere os aparelhos da Apple e Huawei.
Em meados de 2013, a Samsung tinha 15% da fatia de mercado de smartphones chinês. No primeiro trimestre de 2019, esse número caiu para 1%. Enquanto isso, Huawei e Xiaomi vieram crescendo a passos largos.
Contudo, embora a empresa tenha fechado suas fábricas na terra do dragão, as vendas de seus aparelhos vão continuar normalmente.
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