A Foxconn, principal unidade de montagem da Apple, foi acusada por um grupo responsável por monitorar o trabalho na China de violar diversas leis trabalhistas. Em meio à denúncia do órgão, a companhia alegou que uma investigação a respeito está sendo realizada.
Conforme o posicionamento oficial da empresa, muitas das alegações não procedem. Entretanto, em seu comunicado, a Apple reconhece que o volume de trabalho temporário contratado pela fábrica foi de 50%, muito acima dos 10% permitidos por lei.
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Embora nenhuma das empresas tenha admitido, o aumento no número de trabalhadores temporários, acima do permitido, é reflexo direto da pressa em aumentar a cadeia produtiva dos novos modelos de iPhone 11 no país. Os aparelhos serão anunciados em evento especial da Apple nesta terça-feira (10).
Soluções
Há um impasse entre o órgão que controla as leis trabalhistas na China e a Apple. Enquanto a empresa diz estar trabalhando com a Foxconn para resolver o problema, a entidade afirma que as medidas para corrigir a situação ainda não foram tomadas. Isso porque, no momento em que as duas companhias normalizarem o setor produtivo, haverá problemas para continuar com a alta fabricação de iPhones.
A organização afirma também que a Foxconn tem exigido turnos extras dos trabalhadores para ampliar a demanda. Segundo a Apple, o aumento de carga horária dos funcionários é voluntário. Em 2017, as companhias já tiveram problemas com a produção dos últimos modelos de iPhone quando um grupo de funcionários estudantes estava trabalhando mais do que a carga horária permitida; no país, quem estuda está protegido por lei para trabalhar apenas em turnos e horários específicos.
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