A longa briga entre os EUA e a chinesa Huawei ganhou mais um capítulo. Desta vez, o governo americano apresentou novas acusações que alegam roubos de propriedades intelectuais e espionagem industrial por parte da empresa de tecnologia.
De acordo com Wall Street Journal, as investigações buscam por informações sobre as práticas citadas. Bem como outros possíveis crimes comerciais que possam ter ocorrido.
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Sobre o crime de roubo de propriedade intelectual, o artigo do jornal americano cita o caso do produtor de multimídia português Rui Oliveira. A acusação indica que empresa roubou a tecnologia de câmeras para smartphones desenvolvida por ele e patenteada em solo americano.
Em março deste ano, a fabricante chinesa negou o fato ao apresentar documentos à justiça americana que provavam que não houve quebra de patente por parte dela.
Casos de espionagem industrial
O depoimento de Robert Read, engenheiro que trabalhou na sede da Huawei na Suécia entre os anos de 2002 e 2003, reforça as acusações de recrutamento ilegal. Conforme declarou ao jornal americano, ele foi responsável por contratar funcionários de companhias concorrentes, como a empresa de telecomunicações Ericsson.
O ex-funcionário também afirmou que o escritório sueco possuía um porão especial para guardar equipamentos das rivais para serem analisados por engenheiros da gigante chinesa. De acordo com as autoridades americanas, esse é um espaço comum em diversas outras sedes da empresa no mundo.
Outra acusação grave encontrada pelo Wall Street Journal é sobre um diferente programa de bônus pago aos funcionários. Ou seja, eles recebiam recompensas se conseguissem informações confidenciais de companhias rivais. Prática que é proibida por lei.
Posicionamento da Huawei
A companhia considerou que as acusações são resultados de “motivações políticas” por parte do governo americano. Em comunicado, a empresa chinesa também disse respeitar os direitos das propriedades intelectuais de companhias parceiras e concorrentes.
De fato, as constantes acusações contra a fabricante fazem parte da estratégia da administração do presidente Donald Trump. O líder americano vem colocando diversas barreiras comerciais que atrapalham a expansão das empresas chinesas no país.