O governo dos Estados Unidos expandiu o prazo que permite à fabricante chinesa Huawei negociar com empresas norte-americanas. A partir de agora, a empresa tem mais 90 dias para comprar e vender serviços e componentes junto a outras marcas do país.
O primeiro prazo foi definido em maio, quando a guerra comercial entre a empresa e o governo de Donald Trump estava no auge. O fim parcial do banimento, em julho, fez parecer que os ânimos se acalmariam, mas parece que a fabricante chinesa não será mesmo bem-vinda no país a partir do final deste ano.
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Para negociar com a chinesa, as empresas precisam vender os mesmos componentes para outros países, além de obter uma certificação do exportador. O Departamento de Comércio ainda ampliou em 46 sedes a quantidade de afiliadas na lista de empresas proibidas de fazer negócios com consumidores locais. Agora, a restrição já chega a mais de cem companhias.
E agora?
Segundo a Reuters, o motivo para a ampliação do prazo não foi nenhum gesto de amizade: na verdade, ele só ocorreu de última hora porque muitos parceiros e consumidores ainda não estão prontos para migrar para outras marcas, já que a presença da chinesa no país era considerável em produtos e infraestrutura.
"Enquanto continuamos a pedir aos consumidores que façam a transição para além de produtos da Huawei, reconhecemos que mais tempo é necessário para prevenir qualquer interrupção. Simultaneamente, estamos trabalhando constantemente com o departamento para garantir que qualquer exportação para a Huawei e seus afiliados não violem os termos da Licença da Entidade ou das Licenças Temporárias Gerais", explicou o secretário de Comércio, Wilbur Ross.