Mesmo enfrentando fake news sobre pombos, antenas parabólicas, possíveis atrasos e um resultado financeiro menor do que o esperado, a quinta geração da telefonia celular, o 5G, poderá chegar ao Brasil pela porta da frente — pelo menos é o que a Nokia espera ao negociar com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a realização, em março, do que seria o maior leilão do espectro do mundo, além de fazer do País um dos primeiros da América Latina a implementar a rede de comunicação.
Em jogo estão as frequências de 2,3 GHz e 3,5 GHz, alocadas em maio pela Anatel, e outras bandas, como 26 GHz e 700 MHz, para comunicações de baixa latência para uso industrial, ainda a serem adicionadas.
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"As joias da coroa são certamente os blocos em 26 GHz e 700 MHz, mas quanto mais frequências disponíveis, menor deve ser a especulação de preço. Se as quatro forem leiloadas conjuntamente, será a maior venda no mundo", afirmou o diretor de Soluções para a América Latina da Nokia, Wilson Cardoso.
Depois de lançar a primeira rede comercial 5G do Uruguai em parceria com a operadora estatal Antel, o grupo finlandês dirigiu sua atenção para o Brasil (seu maior mercado na América Latina), testando tecnologias para 5G desde fevereiro de 2018 em parceria com a TIM e outras operadoras brasileiras (a empresa não revela quais).
Em 5 anos, 5G em todo o País
Previsto para acontecer março de 2020, o leilão deverá movimentar R$ 20 bilhões. Por conta das obrigações de investimentos impostas às empresas, como cobertura em áreas mais afastadas, a arrecadação poderá ser menor. Se tudo der certo, a nova frequência estará disponível nas capitais a partir de 2021 e em 3 anos em lugares mais distantes dos grandes centros urbanos.
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