Uber registra prejuízo de US$ 5,2 bilhões e cresce menos do que o esperado

A Uber divulgou seu relatório financeiro referente ao segundo trimestre de 2019 nesta quinta-feira (08), e os números revelam prejuízo de US$ 5,2 bilhões para o período. A empresa chegou a aumentar sua receita em relação ao ano passado, mas teve um alto custo de compensação financeira com a abertura do capital na bolsa de valores: US$ 3,9 bilhões.

Os custos envolvem o pagamento de bônus para diretores, salários de funcionários e empréstimos. No ano anterior, para o mesmo período, a Uber teve uma receita menor, mas seu prejuízo não foi tão alto, em US$ 878 milhões. Até agora, desde seu nascimento, a empresa ainda não apresentou lucro.

Na bolsa

Esse foi o segundo relatório apresentado desde que se tornou uma companhia pública (com ações na bolsa), em maio, e mesmo com o crescimento de 14% no segundo trimestre atingindo US$ 3,17 bilhões, o número preocupa investidores, que esperavam cerca de US$ 3,3 bilhões.

Analistas da CNBC esperavam perdas de US$ 3,12 por ação, porém a desvalorização chegou a US$ 4,72. Apesar de os números serem preocupantes na interpretação de alguns economistas, a Uber tem um posicionamento bastante firme no relatório. Dara Khosrowshahi, CEO da empresa, abre o parecer apontando que a companhia teve um crescimento de 35% no número de viagens em comparação com o segundo trimestre do ano passado.

Outro ponto mencionado foi que a plataforma atingiu 100 milhões de usuários ativos mensalmente, tornando-se parte do dia a dia de cidadãos do mundo todo. Vale lembrar que o serviço de aplicativo para transporte de passageiros é responsável por apenas parte do lucro.

Atualmente, o Uber Eats é uma das grandes apostas e parece ter se saído bem no último relatório. A divisão teve crescimento de 140% no período de 1 ano, sendo que 40% dos novos consumidores nunca tinham utilizado o aplicativo. A empresa também comenta que já atende 320 mil restaurantes e que o serviço cresceu 72% no trimestre.