A Huawei continua no meio de confusões diplomáticas mundiais, mas desta vez o imbróglio está acontecendo no Oriente. De acordo com a Reuters, o governo da China disse que vai impor "sanções" para a Índia caso o país siga as recomendações dos Estados Unidos e bloqueie a fabricante de smartphones em seus negócios com 5G.
O país estaria estudando a instalação de redes para a quinta geração de conexão móvel, mas ainda não teria entrado em contato com a Huawei, que é líder no segmento. O regime de Pequim teme que o governo indiano esteja cedendo às pressões da Casa Branca, que tem feito campanhas para outros países não utilizarem a tecnologia da fabricante chinesa. O motivo? Acusações de espionagem pelo governo chinês.
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As fontes da Reuters apontam que o embaixador indiano que está em Pequim, Vikram Misri, conversou com o ministro de relações exteriores da China no mês passado. Durante a reunião, os representantes do gigante asiático teriam dito que as empresas indianas com negócios na terra da muralha poderiam sofrer consequências com "sanções reversas" se a Huawei fosse banida.
Decisão sem preconceitos
Em comunicado, Hua Chunying, porta-voz do governo chinês, disse que a Huawei tem operações na Índia há anos e espera que o país faça uma "decisão objetiva e independente" para a construção de sua rede 5G. Apesar de o mercado indiano não ter uma presença econômica forte na China, algumas empresas utilizam a mão de obra barata do local mais populoso do mundo para fabricar produtos.
Ainda assim, a tendência é que o assunto se resolva sem grandes sequelas. Em nota enviada à Reuters, o Ministério do Interior, que cuida da infraestrutura do 5G na Índia, declarou que não rejeitará a Huawei "apenas porque eles são chineses".