O último relatório da fabricante chinesa de eletrônicos Meizu mostra que a multinacional Huawei assumiu sua maior loja na cidade chinesa Shenzhen. Nos últimos tempos, a Meizu tem lutado pela manutenção do seu mercado, e há relatos de que teria demitido vários funcionários e fechado algumas lojas. A empresa se retirou da loja em Shenzhen, agora avocada pela Huawei.
Segundo o relatório, os funcionários da loja são todos antigos empregados da Meizu e, de acordo com o chefe de gabinete, a empresa não tem obtido lucro na loja há cerca de 2 anos, com um faturamento bruto médio mensal de 100 yuans (R$ 55 na cotação de hoje) a 200 yuans (R$ 110), em contraposição a um aluguel do espaço que chega a 150 mil yuans (R$ 83 mil) por mês.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O comércio na unidade é quase inexpressivo, frente ao alto custo de manutenção do estabelecimento, com uma média de venda pouco maior que cem unidades de celulares por mês, por exemplo. Mesmo com o alto número de demissões, que teria atingindo uma margem maior que 30% dos funcionários somente neste ano, a empresa permanece instável economicamente.
O passado
De acordo com Chen Feng, ex-funcionário da Meizu, a situação da fabricante teria surgido apenas nos últimos anos, e a empresa já teve seus tempos de glória. Feng informou que atualmente a Meizu mantinha pelo menos cem lojas fechadas na província, mas que em 2016 a companhia tinha 2,7 mil lojas relativamente fortes. Segundo Feng, os lucros naquela época faziam com que os funcionários assumissem a empresa como uma forte concorrente da Huawei. No entanto, apenas cinco ou seis lojas da província resistiram após o declínio do mercado da Meizu.
Em agosto de 2018, diante da queda de lucros da Meizu, o CEO de negócios da Huawei, Yu Chengdong, chegou a fazer algumas previsões ousadas para a futura geração de um dos ramos mais lucrativos e afirmou que o número de chineses pertencentes ao público gamer iria desaparecer nos próximos anos. Segundo ele, “o mercado de smartphones para jogadores no futuro terá apenas dois a três usuários”.
Fontes