"Faça-os nos EUA. Sem tarifas!”. Com esse tuíte, o presidente norte-americano Donald Trump enterrou as esperanças de a Apple conseguir alívio tarifário para peças fabricadas na China. O objetivo do republicano é fazer com que a empresa abra plantas nos EUA — especificamente, uma fábrica ao sul do estado do Texas.
Com os recentes embates entre EUA e China, o governo americano resolveu aplicar tarifas rígidas sobre importações de produtos chineses – entre eles, componentes eletrônicos. A Apple, então, entrou com um pedido no Escritório do Representante de Comércio dos EUA para que certos tipos de componentes fossem excluídos desse aumento.
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As descrições dos componentes corresponderiam às peças do Mac Pro, cuja produção, se os planos não mudarem, será transferida do Texas para Quanta Computer, em Xangai. A conta é simples: é mais barato para a Apple exportar a máquina pronta a partir da China do que transportar os componentes da máquina para montagem nos EUA.
Último produto "made in USA"
No lançamento do modelo anterior do Mac Pro, em 2013, o diretor-executivo da companhia, Tim Cook, havia anunciado o investimento de US$ 100 milhões na criação de uma linha de produção em Austin, Texas, a pedido do então presidente Barack Obama. A escolhida foi a Flextronics, que recebeu US$ 250 mil anuais em incentivos para montar uma planta, em troca de investimentos de US$ 15 milhões e a criação de 500 empregos.
O computador nem é um dos principais produtos do catálogo da empresa, mas a mudança da produção para a China tem um grande significado: não haverá mais um único produto Apple “Made in the USA”.
A Apple já declarou que a engenharia e o design do novo Mac Pro são 100% americanos – segundo ela, a empresa trabalha com uma rede de nove mil fornecedores de 30 estados americanos, gerando pagamentos no montante de US$ 60 bilhões por ano e dois milhões de empregos.
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