A venda de frequência 5G deve render aproximadamente R$ 20 bilhões para a Anatel. O levantamento foi feito pelo relator desse leilão no Brasil, conselheiro Vicente Aquino, que não deu detalhes dos cálculos, mas confirmou que metade desse valor seria outorga e outra metade, compromissos.
A expectativa inicial era de que os leilões tivessem início no primeiro trimestre de 2020, porém Aquino disse que o prazo pode ser prorrogado. O edital deve ser trabalhado para estar em consonância com os objetivos do governo. Também serão definidas as obrigações para a cobertura do sinal em áreas afastadas de grandes centros urbanos.
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O Galaxy S10 é um dos primeiros smartphones totalmente compatível com 5G. (Fonte da imagem: Samsung/divulgação)
A estimativa feita por Aquino é inferior ao que já foi arrecadado por outros países. Até o momento, o valor mais alto conseguido em vendas de frequência 5G ocorreu em um leilão na Alemanha, onde as operadoras desembolsaram 6,55 bilhões de euros (equivalente a R$ 27,5 bilhões) pelas faixas de 2,1 GHz e 3,6 GHz. Na Itália, a frequência de 3,6 GHz arrecadou sozinha 4,3 bilhões de euros (cerca de R$ 18 bilhões).
No Japão, a situação foi diferente. As operadoras puderam disputar as frequências de 3,6 GHz, 3,8 GHz, 4,5 GHz e 28 GHz sem precisar pagar diretamente por elas durante o leilão. Porém, elas precisarão investir nas redes e cumprir metas de cobertura do sinal 5G para 90% da população do país.
O prazo para que as operadoras ocupem as faixas varia entre os países e as regras específicas de cada leilão. No Brasil, o prazo limite para uso das frequências é de 20 anos, porém, em alguns casos, a Anatel pode definir períodos diferentes. Na Itália, por exemplo, as operadoras terão um prazo que pode variar entre 2 e 4 anos, dependendo da faixa adquirida.
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