"Sem restaurações, sem contraste e sem remasterização, as fitas representam as mais nítidas, antigas e precisas imagens dos primeiros passos da humanidade na Lua.".
Assim começa o tweet da Sotheby's, a casa de leilão em que foram vendidas as fitas com as primeiras imagens do pouso da Apollo 11 pela bagatela de US$ 1,8 milhão.
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NASA leiloou um material histórico?
Bom, não foi isso que aconteceu. As fitas estavam em posse de Gary George, um ex-estagiário que as adquiriu legalmente na década de 1970. Na época, ele pagou US$ 217,77 por cerca de 1.150 rolos de fita magnética da NASA em um leilão do governo e não sabia que entre elas estava um conteúdo tão importante.
Décadas se passaram e a maior parte das fitas foi vendida ou doada por Gary; outras receberam novas gravações em cima, mas o ex-estagiário acabou por guardar três delas, que haviam sido identificadas pelo pai como sendo um material raríssimo e muito valioso.
Tentativa de recuperação
A NASA chegou a entrar em contato para comprar o conteúdo de volta 10 anos atrás, na ocasião do 40º aniversário do pouso na Lua, mas não pôde pagar o valor proposto por Gary, que decidiu vendê-las nesta semana, faturando uma quantia milionária. O leilão ocorreu no dia 20 de julho, data que marcou os 50 anos da missão histórica, e as apostas iniciaram em US$ 700 mil. O nome do comprador final não foi revelado.
#AuctionUpdate Unrestored, unenhanced, and unremastered, the videotapes represent the earliest, sharpest, and most accurate surviving video images of man’s first steps on the moon #Apollo50th pic.twitter.com/f2ulCpIHqz
— Sotheby's (@Sothebys) July 20, 2019
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