O mercado de dispositivos vestíveis fechou 2018 com um movimento mundial de US$ 19 bilhões, com 275 milhões de unidades vendidas. Pelas estimativas do Gartner Group, consultoria para investimentos em tecnologia, o mercado global de wearables valerá US$ 84 bilhões em 2022. E o Brasil quer sua fatia desse bolo.
Segundo o IDC Tracker Brazil Wearables, do Instituto IDC Brasil, para este ano a projeção é de aumento de 91% em relação a 2018, indo para um volume de vendas estimado em 461,7 mil unidades. Destas, 208,5 mil devem ser de dispositivos mais simples e 253,2 mil do tipo smart.
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Mi Band, da Xiaomi, é um dos wearables queridinhos do público brasileiro. (Fonte: Xiaomi/Divulgação)
Não apenas as vendas aumentaram como também o tipo de dispositivo adquirido mudou. Segundo a consultoria, modelos mais simples, que contam passos ou monitoram o sono, dividem cada vez mais espaço com os mais robustos, com funções como GPS, download de aplicativos, notificações e realização de chamadas e recursos mais aprimorados, como controle de glicemia e de batimentos cardíacos.
O mercado confirma essa tendência. Em 2018, 110,4 mil dispositivos básicos foram vendidos, com crescimento de 7,2% em relação a 2017; os mais inteligentes chegaram a 130,9 mil unidades, com aumento de 103,3%. No primeiro trimestre de 2019, esse movimento se confirmou, com elevação de 19,5% no número de dispositivos básicos, com 39.360 unidades vendidas, e de 93,7% na categoria superior, com 48.614 aparelhos comercializados.
Produtos ainda para poucos
Esse ainda é um segmento para poucos consumidores: se hoje o valor médio de um dispositivo básico é de R$ 1 mil, smartwatches de ponta podem chegar a mais de R$ 2 mil — ao preço final dos importados são embutidas carga tributária e variações do dólar.
"Com a consolidação do mercado e mais investimentos dos fabricantes, a tendência é de massificação e redução dos preços. Se no primeiro trimestre do ano passado [2018] os dispositivos wearables de marcas desconhecidas correspondiam a 44% das vendas, essa participação caiu para 4%", diz o analista de mercado em Mobile Phones & Devices da IDC Brasil, Renato Meireles.
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