O presidente rotativo da Huawei, Ken Hu, declarou que a empresa investiu US$ 40 bilhões em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia 5G nos últimos 10 anos.
Essa tomada de dianteira colocou a companhia chinesa em um patamar de destaque no momento atual, no qual o 5G está sendo adotado nos países desenvolvidos; e a Huawei tem colecionado contratos para ceder seus recursos, cujas tecnologias abrangem chips, algoritmos de chave, materiais e sistemas de dissipação de calor. Seus esforços não se limitam apenas à implantação das redes, mas englobam também como torná-las melhores e mais acessíveis aos usuários.
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(Fonte: Giz China)
Liderança no setor
A Huawei é a empresa com o maior número de patentes 5G do mundo: 2.160. A lista é seguida por Nokia e ZTE, com, respectivamente, 1.516 e 1.424 patentes. Em posições de destaque, ainda temos Samsung (1.359), LG (1.353) e Ericsson (1.058). A empresa americana mais bem posicionada na lista é a Qualcomm, que está em sétimo lugar, mas bem longe de ameaçar a chinesa, que ainda detém 20% do mercado mundial no setor.
A Huawei adquiriu 50 contratos comerciais de 5G em países como Suíça, Kuwait, Reino Unido, Coreia do Sul, Itália e Brasil, tendo comercializado mais de 150 mil estações-base 5G. Suas taxas de pico superam as médias mundiais em 13,7% (com 10,3 Gbps em testes internos) e 15,5% (1,86 Gbps em testes com um único usuário).
Banimento nos EUA pode prejudicar 5G americano
Com o banimento da Huawei nos Estados Unidos, muitos contratos importantes se encerrarão. Os especialistas estão divididos entre os que têm boas e más projeções para o futuro da empresa. Contudo, ela pode não ser a única a perder.
Recentemente, a chinesa pediu à Verizon, a maior operadora dos EUA, que pagasse taxas de licença para mais de 230 patentes, cujo valor total chega a US$ 1 bilhão. Furiosos, os legisladores norte-americanos propuseram não reconhecer as patentes da Huawei. Esse impasse nos faz acreditar que a comunicação 5G por lá ainda pode sofrer sérios transtornos.
Fontes