A presidente da Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Maxine Waters, fez um pronunciamento na última semana pedindo que o Facebook aguarde antes de lançar oficialmente sua criptomoeda. A deputada quer que, antes de levar a Libra ao mercado, a empresa espere uma análise do Congresso e das agências reguladoras.
Waters pede que os executivos do Facebook compareçam ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre a criptomoeda, argumentando que a companhia tem, repetidamente, negligenciado a proteção e a cautela no uso dos dados dos clientes. A deputada menciona o "passado problemático" do Facebook para justificar o requerimento para que a empresa segure o desenvolvimento da Libra até que o Congresso e as agências reguladoras examinem o assunto e tomem alguma decisão.
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Quando anunciou a criptomoeda, o Facebook procurou evitar questionamentos como os da deputada criando a Associação Libra com a função de supervisionar o funcionamento da moeda, mas sem estar subordinada ao controle da empresa. Além disso, a promessa é que a Calibra, a carteira digital que oferece suporte à criptomoeda, compartilhe apenas alguns dados com a rede social e que tenha ferramentas de proteção dos usuários, a exemplo de checagem automática de fraudes.
Como funciona a criptomoeda do Facebook?
O Facebook anunciou oficialmente a Libra na última semana. A ideia é oferecer uma alternativa para pessoas que não conseguem abrir conta em bancos, usando uma carteira digital própria (Calibra) e uma moeda apoiada em uma reserva de dinheiro. O segundo ponto permitiria a estabilidade da Libra.
A Libra une tecnologia blockchain e conta com apoio de empresas como MasterCard, Visa, PayPal, Uber, entre outras. De acordo com o Facebook, o intuito é lançar a Calibra no próximo ano, permitindo que as movimentações da criptomoeda aconteçam usando smartphones. A empresa afirma que o serviço estará disponível no Messenger, no WhatsApp e em um aplicativo independente.
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