O governo de Jair Bolsonaro já prepara uma norma para revogar o uso compulsório da tomada de três pinos. Mesmo que o nascimento da norma tenha sido turbulento por um relatório desfavorável do Inmentro, a chamada de “tomada do PT” pelo próprio governo Bolsonaro agora vem caminhando para ser deixada de lado no Brasil.
Hoje (19), seguindo caminho contrário, a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) manifestou queixa sobre a alteração proposta pelo governo. “O retorno à situação anterior representa um retrocesso na prevenção de acidentes. Além disso, a mudança já foi assimilada pelo consumidor e uma alteração agora traria ônus à população. A atual discussão é contraproducente”, afirma a entidade, em nota, segundo o Convergência Digital.
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A média anual de acidentes fatais provocados por choques elétricos era de 1,5 mil ocorrências, hoje é de 600
“Hoje não há um padrão internacional único estabelecido como regra. Dessa forma, todo país que preza por normas organizadas desenvolveu seu próprio padrão, de acordo com as características de seus mercados. Os exemplos abaixo demonstram que os países dispõem de modelos diversos de tomadas de três pinos para proteção das pessoas e instalações. Hoje existem mais de 110 existentes formatos vigentes”, completa a Abinee.
Pela nota, a Abinee indica que a maior vitória do terceiro pino na tomada — o “fio terra” — foi a redução de acidentes. Antes do padrão adotado, em 2010, “a média anual de acidentes fatais provocados por choques elétricos era de 1,5 mil ocorrências. Hoje (números de 2018), a média é de 600 ocorrências anuais, uma queda de 150%”, finaliza.
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