Quando Satya Nadella chegou à presidência da Microsoft, em fevereiro de 2014, o cenário não era dos mais favoráveis para o pessoal de Redmond. A companhia falhava com o Windows Phone, não conseguia concorrer com o Bing à altura do Google, ignorava as redes sociais e sua receita dependia demais do Windows. Agora, contudo, o mercado sorri para a empresa, que chegou ao seleto grupo das que superaram US$ 1 trilhão de valor de mercado.
Os resultados conquistados por Satya são excelentes. Veja bem, em sua temporada de estreia os números já mostravam alta: as ações pularam de US$ 41,86 em julho de 2014 para US$ 44,46 no mesmo período do ano seguinte — uma discreta, porém interessante, alta de 6,21%. Já de 2015 para 2016, o aumento foi bastante expressivo, de 22% em relação à sua chegada, com cotas a US$ 51,13.
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Fonte: The AtlasFonte: The
E não parou por aí. Em 2017, os papeis foram a US$ 69,33, com 66% desde o “Satya-0”, em 2018 sua posição realmente se consolidou com uma guinada histórica, chegando a US$ 98,1 e 135% na comparação com o dia que pisou os pés em Redmond. Agora? Bem, foi além e alcançou a espetacular marca de US$ 131,4, com uma trajetória de 214%.
E como ele conseguiu isso?
Nadella basicamente atacou os serviços e produtos crescentes, comprou outras frentes e diversificou bastante a receita da companhia. A principal fonte atualmente é a nuvem Azure e suas várias soluções corporativas. Segundo pesquisa da Canalys, a Microsoft teve uma participação de 17% no mercado global de serviços de infraestrutura no setor em 2018 — a Amazon Web Services segue líder, com 32% de participação.
Linha Surface teve lucro líquido de US$ 8,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano
O Windows continua sendo um dos carro-chefes, mas não há mais aquela demasiada dependência do passado. Os dispositivosSurface vêm conquistando resultados sólidos nos últimos anos, com lucro líquido de US$ 8,8 bilhões no primeiro trimestre, segundo os relatórios da empresa. A otimização do pacote Office 365 e a curva ascendente do LinkedIn também fazem parte das “façanhas” de Nadella.
Fonte: Microsoft
O CEO também vem melhorando bastante os resultados com o setor de games, integrando de maneira mais inteligente e monetizada as plataformas Xbox e Windows e a companhia vem até mesmo voltando a olhar para os navegadores, com uma reformulação do Edge baseada no Chromium. Ao que parece, ninguém consegue parar esse homem e a expectativa é de mais crescimento em 2020. As rivais, claro, estão de olho.
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