No ano passado (2018), a paralisação em massa de funcionários da Google se tornou notícia mundial e, agora, uma das organizadoras da ação anunciou que está deixando a empresa por ser vítima de retaliações. Claire Stapleton era uma das principais lideranças à frente do movimento que gerou protestos e uma greve que reuniu 20 mil funcionários contra as alegações de assédio sexual ocorridas dentro da empresa e que não contaram com a devida atenção por parte da gigante de Mountain View.
A ação contra a Google ganhou apoio de funcionários em diversos países, além de pessoas importante do próprio meio.
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Nesta semana, Stapleton decidiu anunciar oficialmente, por meio de uma publicação no Medium, sua saída da companhia. No texto, ela deixa claro que os primeiros anos de atuação na Google foram muito intensos e positivos, mas que tudo começou a mudar no ano de 2017.
Sobre esse ponto, ela comenta que controvérsias e debates sempre existiram na parte interna, mas os temas mais complexos e as situações difíceis começaram a tomar proporções cada vez maiores, e a maneira como a própria liderança tratava essas questões parecia ser ineficiente, chata e pouco satisfatória.
Protestos contra as retaliações
No último mês, outro protesto foi realizado reunindo centenas de pessoas, mas desta vez o motivo foram as supostas retaliações pela Google. Por outro lado, a companhia chegou a se manifestar apontando que qualquer tipo de alteração na posição de seus colaboradores nada tinha a ver com retaliações.
Meredith Whittaker, outra personagem importante para a organização das manifestações, posicionou-se por meio de seu perfil no Twitter e fez um comentário destacando que tudo isso parece indicar que a empresa quer impedir o movimento, mas que as coisas não funcionam desse modo.
A Google comentou por meio de um porta-voz sobre a saída de Stapleton e agradeceu a participação dela na empresa, mas fez questão de destacar que não tolera retaliações e que, após as investigações internas, não foram encontradas evidências das acusações que estavam sendo feitas nos protestos.
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