O império do Facebook, que hoje concentra também a rede social Instagram e o mensageiro WhatsApp, nunca foi tão criticado como atualmente — inclusive pelo cofundador do projeto original do site, Chris Hughes, que defendeu a separação dos três serviços em empresas diferentes. Porém, o CEO e também cofundador da companhia, Mark Zuckerberg, pensa exatamente o contrário.
Durante uma conferência realizada na última quinta-feira (23), o empresário teria dito que "desmembrar" a rede na verdade teria o efeito contrário: tendências como conteúdos tóxicos e discursos de ódio seriam ainda mais difíceis de serem controladas. Para ele, regulamentar que tipo de conteúdo é aceito pode ser uma melhor alternativa.
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Eu não acho que o remédio de separar a companhia resolveria isso, afirma Zuckerberg
"Eu não acho que o remédio de separar a companhia resolveria isso. Na verdade, acho que tornaria tudo muito mais difícil", afirmou Zuckerberg. O CEO não entrou em detalhes, mas um porta-voz do Facebook já havia citado que manter Instagram e WhatsApp dentro do guarda-chuva da rede social ajuda a empresa a "lutar contra spam, direcionamentos em eleições e crime".
Um dos recursos que torna isso possível é o uso combinado de algoritmos e inteligência artificial em todos os serviços, banindo conteúdos similares nos três locais de forma mais rápida e efetiva.
Zuckerberg ainda comentou sobre novos concorrentes, como TikTok e Snapchat, e chamou a rivalidade de "um ambiente muito competitivo e dinâmico em que novos serviços estão constantemente surgindo". Por outro lado, as críticas não cessam: um ex-chefe de segurança da rede social pediu até a renúncia do executivo.
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