O porta-voz do Ministério da Economia da China, Gao Fang, afirmou que o país asiático “tomará todas as medidas necessárias para proteger os legítimos direitos e interesses das empresas chinesas”, aponta a agência estatal de notícias Xinhua.
A resposta é um reflexo de uma ordem assinada por Donald Trump em 19 de maio, impedindo que companhias norte-americanas negociassem com a Huawei. A decisão do governo estadunidense é mais uma medida para estreitar a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Gao ainda criticou as ações de Trump dizendo que o presidente norte-americano estaria cometendo “bullying contra a China”. Ele também completou que a melhor forma de combater as retaliações é que as companhias chinesas continuem crescendo e se tornem cada vez mais fortes.
“Pedimos aos Estados Unidos que interrompam suas ações equivocadas e criem condições para o comércio e a cooperação normais entre as empresas dos dois países, a fim de evitar mais golpes nos laços econômicos e comerciais bilaterais”, enfatizou Gao.
Embaixador diz que China irá reagir
O embaixador da China na União Europeia, Zhang Ming, disse em entrevista ao jornal Bloomberg que o governo asiático deve tomar medidas mais drásticas diante da situação. “Os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas estão sendo minados, então o governo chinês não vai ficar de braços cruzados”, ressaltou.
Zhang Ming, embaixador da China na União Europeia. (Fonte: Bloomberg/Reprodução).
Zhang ainda declarou que as decisões de Trump são “politicamente motivadas” e “abuso de controle sobre exportações”, ou seja, a China nega veemente as acusações de espionagem feitas pelos Estados Unidos. O representante também disse que esse país está tentando derrubar a Huawei “por meios administrativos”.
Mesmo com a situação cada vez mais crítica, Zhang ressaltou que o governo chinês está aberto a dialogar com o governo norte-americano. No entanto, ele deixou claro que os Estados Unidos insistirem em lutar, então a China “lutará intensamente”.
Fontes
Categorias