Britânicos estão se desfazendo de celulares Huawei após sanção dos EUA

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De acordo com dados do site de vendas Music Magpie compartilhados pelo TechRadar, o número de telefones da Huawei trocados por desconto na compra de um novo aparelho subiu 154% na segunda-feira (20) após a Google anunciar que não faria mais negócios com a firma chinesa por causa de um decreto do governo dos EUA.

Após Donald Trump proibir empresas estadunidenses de negociarem com a Huawei, a fabricante chinesa perdeu privilégios no uso do sistema operacional Android e não poderá fazer parcerias com firmas como a Qualcomm. Apesar de o banimento estar suspenso por 90 dias graças a uma medida paleativa, o clima de tensão está fazendo muitos usuários abandonarem seus smartphones da marca, pelo menos no Reino Unido.

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Da esquerda para a direita, os topo de linha Huawei P20 Pro, Mate 20 Pro e P30 Pro. Imagem: Digital Trends

Graças ao crescimento causado pela sanção, a Huawei se tornou a marca com mais aparelhos sendo trocados durante o dia na plataforma britânica, e a tendência é de que esse comportamento acabe se repetindo em outros países, inclusive no Brasil.

Apesar de a Huawei ter lançado seus aparelhos de forma oficial por aqui ainda neste mês, muitos consumidores do país já possuem dispositivos da marca que foram importados: segundo dados do Zoom, o interesse pela fabricante asiática subiu 195% no país em um ano. Neste cenário, possivelmente veremos alguns usuários "pulando do barco" e tentando passar seu smartphone para frente em troca de um desconto.

Futuro incerto

Logo após a Google anunciar que não faria mais negócios com a companhia no domingo, 19, a Huawei anunciou que ainda vai manter seus aparelhos atuais atualizados com updates de segurança. A chegada de novas versões do Android, porém, ainda é incerta.

O mercado deve ficar mais tranquilo após a "trégua" de 90 dias oferecida pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o que dará um tempo para a fabricante chinesa agir. O objetivo da medida, segundo o governo estadunidense, é garantir suporte para os smartphones atuais da marca e também dar mais tempo para as empresas norte-americanas se adequarem à mudança, já que a Huawei é uma das líderes no mercado de infraestrutura para redes.

Agora, o negócio é esperar para ver os próximos capítulos dessa novela; afinal, a China e os EUA estão no meio de uma guerra comercial e o país asiático prometeu "respostas à altura" para os ataques de Donald Trump.

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