O presidente Jair Bolsonaro concordou em incluir mais uma empresa no programa de privatização de estatais defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista ao canal GloboNews na semana passada, Guedes afirmou que o presidente havia aprovado a privatização de mais uma empresa, mas não confirmou o nome da companhia. De acordo com fontes do governo ouvidas pelo G1, ele estava se referindo aos Correios.
Ainda de acordo com o G1, a equipe do presidente avalia que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) atua em um setor que passou por muitas transformações e precisa se modernizar para continuar existindo. Para os técnicos do governo, essas mudanças só poderiam ser implementadas com a privatização da companhia.
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A maior resistência à venda vinha do ministro Marcos Pontes, que comanda o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, pasta a qual os Correios estão submetidos. Mas ele teria sido convencido a seguir com o projeto, afirmando em entrevista ao Estadão que está alinhado com as diretrizes de Guedes e defendendo que a privatização seja feita de forma lógica, responsável e sem precipitação.
Nos últimos anos, os Correios anunciaram diversas novidades como tentativa de modernizar os serviços oferecidos pela empresa, incluindo armários inteligentes para entregas em locais sem portaria, uma operadora com planos para celular e rastreamento de correspondências via CPF. Embora tenha encerrado o ano passado com lucro líquido de R$ 161 milhões, a empresa passou quatro anos no vermelho, chegando a ter um prejuízo de R$ 2,12 bilhões em 2015.
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